A livraria das insurgentes organiza uma conversa com convidadxs sobre mulheres presas em Portugal.
As mulheres, transgéneros e crianças nas prisões femininas são altamente invisibilizadas, esquecidas e negligenciadas e, por isso, expostas a constantes violações dos seus direitos fundamentais. Portugal é um dos países na Europa com maiores índices de encarceramento de mulheres que, além de tendencialmente serem condenadas a maiores penas, são mais punidas na prisão por transgredirem as normas de género.
Apesar da maioria das mulheres previamente à prisão enfrentarem a precariedade, discriminação e violência, as suas experiências são diversas, jovens, mães e/ou avós, idosas, lésbicas, transgénero, negras, ciganas, migrantes, com diversidade funcional, imigrantes, doentes crónicas…nas prisões são sujeitas a condições desumanas tais como a péssima alimentação, a falta de acesso a cuidados dignos de saúde, a sobremedicalização e administração arbitrária de fármacos psicotrópicos, a falta de acesso a produtos essenciais de alimentação e higiene incluindo e para os bebés/crianças que estão com as mães na prisão, sobrelotação, celas frias e degradadas e falta de água quente, isolamento e castigos, limitações severas no contato com familiares, filh@s e amig@s, entre outras adversidades, que se intensificaram com a crise pandémica.
Na prisão as discriminações, violências e a exploração persistem e são exacerbadas remetendo-as para a invisibilidade, o abandono social e a marginalização.
Esta conversa é movida pela urgência de visibilizar a realidade obscurecida das prisões e pensar coletivamente possíveis ações de apoio para quem está dentro.

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